A Primeira Povoação do Ambrósio


Histórico
A Primeira Povoação do Ambrósio – Atacada em 1746
O pesquisador Tarcísio José Martins concluiu – comparando o Mapa do Campo Grande com sucessivas cartas topográficas da região e outros documentos - que a Primeira Povoação do Ambrósio foi destruída em 1746 a mando de Gomes Freire de Andrade pelo capitão Antonio João de Oliveira, e que ela ficava a norte do atual território do município de [[Cristais]]-MG. Isto, porque:

a) Tendo precisado nos mapas e no Google Earth a localização do Sítio dos Curtumes, onde se acantonaram as tropas do capitão Oliveira, o primeiro indício para se excluir o Ambrósio de Ibiá está na carta de 8 de agosto de 1746, ao rei, onde Gomes Freire se refere a que “se fazia preciso que a tropa marchasse mais de cinqüenta léguas até fim de setembro”, visto que só de ida, a distância do Sítio dos Curtumes àquele Sítio Histórico de Ibiá-MG, ultrapassaria mais de setenta e cinco léguas.

b) O nome Campo Grande, dado à Confederação de Quilombos, foi-se deslocando de leste para oeste na medida em que também se deslocavam os quilombos, restando provado documentalmente que “Campo Grande”, em 1746, abrangia apenas a região que vai do rio do Peixe ao Piumhi, não ultrapassando o São Francisco, não chegando, pois, aos Goiases, onde ficava o Ambrósio de Ibiá.

c) Há claras evidências de que Gomes Freire proibiu, na correspondência oficial, qualquer referência aos ataques de 1746. Na sua ausência, seu irmão José Antonio cometeu em suas cartas, duas inconfidências: 1ª) – Em 1757 escreveu “ser preciso dar-se em o Quilombo Grande, junto ao do Ambrósio, que da outra vez foi destruído”. 2ª) Em 1758, “escreveu à Câmara de São João Del Rei comunicando o pedido de 20 canoas feito por Diogo Bueno que estava organizando uma expedição ao Campo Grande”. O uso de canoas seria inviável para atacar o Ambrósio de Ibiá. Diogo Bueno, realmente, nunca atacou o Ambrósio de Ibiá.

d) Em fins de 1758  ou começo de 1759, Diogo Bueno, segundo a Carta da Câmara de Tamanduá à Rainha (1793), recebeu ordens para atacar as “Relíquias do Quilombo do Ambrósio, que ia principiando a engrossar e a fazer-se temido”. Essas relíquias ficariam, segundo denuncia a antiqüíssima toponímia, em território da atual Aguanil-MG, sudeste de [[Cristais]]-MG. Não há notícias desse ataque. Mas, em 1760, Diogo Bueno usou essas mesmas 20 canoas para ir, pelo rio Grande, de Lavras até a Serra das Esperanças, também chamada de [[Serra da Boa Esperança]] região dos atuais municípios de Aguanil-MG, Cristais-MG e Guapé-MG, onde ficava realmente a Primeira Povoação dos Ambrósio.

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19/08/2013

A Primeira Povoação do Ambrósio


Histórico
A Primeira Povoação do Ambrósio – Atacada em 1746
O pesquisador Tarcísio José Martins concluiu – comparando o Mapa do Campo Grande com sucessivas cartas topográficas da região e outros documentos - que a Primeira Povoação do Ambrósio foi destruída em 1746 a mando de Gomes Freire de Andrade pelo capitão Antonio João de Oliveira, e que ela ficava a norte do atual território do município de [[Cristais]]-MG. Isto, porque:

a) Tendo precisado nos mapas e no Google Earth a localização do Sítio dos Curtumes, onde se acantonaram as tropas do capitão Oliveira, o primeiro indício para se excluir o Ambrósio de Ibiá está na carta de 8 de agosto de 1746, ao rei, onde Gomes Freire se refere a que “se fazia preciso que a tropa marchasse mais de cinqüenta léguas até fim de setembro”, visto que só de ida, a distância do Sítio dos Curtumes àquele Sítio Histórico de Ibiá-MG, ultrapassaria mais de setenta e cinco léguas.

b) O nome Campo Grande, dado à Confederação de Quilombos, foi-se deslocando de leste para oeste na medida em que também se deslocavam os quilombos, restando provado documentalmente que “Campo Grande”, em 1746, abrangia apenas a região que vai do rio do Peixe ao Piumhi, não ultrapassando o São Francisco, não chegando, pois, aos Goiases, onde ficava o Ambrósio de Ibiá.

c) Há claras evidências de que Gomes Freire proibiu, na correspondência oficial, qualquer referência aos ataques de 1746. Na sua ausência, seu irmão José Antonio cometeu em suas cartas, duas inconfidências: 1ª) – Em 1757 escreveu “ser preciso dar-se em o Quilombo Grande, junto ao do Ambrósio, que da outra vez foi destruído”. 2ª) Em 1758, “escreveu à Câmara de São João Del Rei comunicando o pedido de 20 canoas feito por Diogo Bueno que estava organizando uma expedição ao Campo Grande”. O uso de canoas seria inviável para atacar o Ambrósio de Ibiá. Diogo Bueno, realmente, nunca atacou o Ambrósio de Ibiá.

d) Em fins de 1758  ou começo de 1759, Diogo Bueno, segundo a Carta da Câmara de Tamanduá à Rainha (1793), recebeu ordens para atacar as “Relíquias do Quilombo do Ambrósio, que ia principiando a engrossar e a fazer-se temido”. Essas relíquias ficariam, segundo denuncia a antiqüíssima toponímia, em território da atual Aguanil-MG, sudeste de [[Cristais]]-MG. Não há notícias desse ataque. Mas, em 1760, Diogo Bueno usou essas mesmas 20 canoas para ir, pelo rio Grande, de Lavras até a Serra das Esperanças, também chamada de [[Serra da Boa Esperança]] região dos atuais municípios de Aguanil-MG, Cristais-MG e Guapé-MG, onde ficava realmente a Primeira Povoação dos Ambrósio.

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